Eleições Legislativas 2009

Decorrem no próximo dia 27 de Setembro as eleições para a Assembleia da República no Centro Cívico. As cinco secções de voto dividem-se pela Biblioteca (secção 1 - entre nº 2 e 2108), Sala de Formação (secção 2 - entre nº 2109 e 4024), Auditório (secção 3 - entre nº 4025 e 5495), Auditório (secção 4 - entre nº 5496 e 6637) e Bar do Piso Inferior (secção 5 - entre nº 6638 e 7514 + 1 UE). O acto eleitoral inicia-se às 8:00 e termina às 19:00.

16/08/09 Visita de Peixoto Alves ao CC de Palmeira

Peixoto Alves, um nome ímpar do ciclismo português, foi vencedor da Volta a Portugal em 1965.Talvez poucos saibam, o ciclista emigrado em França, viveu toda a sua juventude em Palmeira e que, tal como outros membros da família, tem dedicado toda a sua vida ao ciclismo. No dia 16 de Agosto, em companhia de amigos e familiares, efectuou uma visita ao Centro Cívico de Palmeira, tendo sido recebidos pelo presidente da Junta de Freguesia, João Russell. A antiga glória do ciclismo não deixou de querer ser fotografado no museu do Centro Cívico, onde, de resto, esta família tem um lugar especial. Para conhecer melhor a figura de Peixoto Alves ficam aqui alguns registos jornalísticos da sua carreira:

" “Seco de carnes, meão de estatura, franzino, nervoso, dando a ilusória sensação de não ter sido talhado para as grandes e árduas jornadas dos desportos violentos, Peixoto Alves tornou a revelar, ontem, na demolidora caminhada para Chaves, a sua extraordinária fibra de atleta, não permitindo que qualquer adversário lhe arrebatasse do tronco miúdo, dentro do qual se abriga a lendária mística do clube que representa, a preciosa e simbólica camisola amarela.

(…) Parece impossível, mas segundo o veredicto dos cronómetros oficiais, idóneos aferidores do esforço dos ciclistas, é isso: - Ao cabo de 998 quilómetros da competição, não há mais de que um segundo a separar a camisola amarela, de Peixoto Alves, das ambições – tão legítimas! – de um homem do F. C. Porto que dá pelo nome da Mário Silva e já ganhou, com indiscutível categoria e muito brilho, uma Volta a Portugal: a de 1961.

(…) Pois, poucas vezes uma Volta a Portugal terá consagrado, como esta de 1965, a proeza individual de um ciclista. Não pode ser mais pessoal uma vitória que começou num contra-relógio (ganho pela diferença de um segundo!) e, até ver, acabou noutro contra-relógio onde o homem tirou as dúvidas a toda a gente. (…) Quem pode diminuir o eminente triunfo do popular corredor do Benfica?”
N. R.: O texto e a deliciosa caracterização de Peixoto Alves são dos saudosos Carlos Miranda e Vítor Santos do jornal “A Bola” edições de 5 Agosto de 1965 e seguintes. Foi uma luta de gigantes entre Peixoto Alves, João Roque e Mário Silva, nos saudosos tempos em que Benfica, Sporting e Porto ainda andavam de bicicleta.

Dia 11/09/09 - Inauguração da exposição colectiva de Pintura INCOBUS


No próximo dia 11 de Setembro será inaugurada a exposição de pintura intitulada Incobus da autoria de José M. Barros e Olívia Fernandes. A exposição estará patente na Galeria de Arte do Centro Cívico e pode ser visitada entre as 14:00 e as 19:30. Para percebermos um pouco da essência de Incobus, transcrevemos um texto da autoria de José M. Barros.


"Incobus serve de título à exposição colectiva de pintura apresentada por José Manuel Barros e Olívia Fernandes. O nome, à partida, pode remeter-nos imediatamente para a banda norte-americana de rock alternativo, INCUBUS, formada em calabasas, Califórnia. Para os amantes da música, o nome não causará com certeza estranheza alguma já que os fãs estão habituados a títulos bem mais ousados e complexos. E se pensarmos que o título dado à banda, por parte dos seus responsáveis, foi pensado de um momento para o outro a partir do termo “Incubus”, um tipo de demónio da mitologia, este facto até poderia explicar, em parte, a imagem retratada por Olívia Fernandes neste trabalho que aqui se apresenta em acrílico e gesso sobre duas telas com a mesma medida de 90x60.
Com efeito, se nos debruçarmos na imagem, podemos observar e/ou adivinhar nas suas formas e cores algo de demoníaco e violento que pode ser um corpo em combustão, num movimento giratório, disseminando à sua volta pedaços ou restos da sua actividade. O átomo e a sua desintegração, o núcleo dividido, o mundo ou a origem da vida podem representar-se eventualmente através desta figura criacionista, com fundo vermelho, mas isso não passará de uma leitura pessoal vinda de um mero observador. Talvez até nem tenha sido essa a intenção da artista quando se propôs inicialmente a realizar a obra e se tenha deparado com esta possibilidade ao longo do processo de criação, do qual resultou este produto final. Contudo, saliente-se que a imagem, refractada em duas telas simétricas, aponta numa leitura primária para a sua desintegração, que sendo intencional ou não por parte da artista, caberá ao público presente fazer um juízo crítico, talvez uma abordagem mais justa da obra."

Texto de José Barros

Para uma leitura de Incobus, 2009