Peixoto Alves, um nome ímpar do ciclismo português, foi vencedor da Volta a Portugal em 1965.Talvez poucos saibam, o ciclista emigrado em França, viveu toda a sua juventude em Palmeira e que, tal como outros membros da família, tem dedicado toda a sua vida ao ciclismo. No dia 16 de Agosto, em companhia de amigos e familiares, efectuou uma visita ao Centro Cívico de Palmeira, tendo sido recebidos pelo presidente da Junta de Freguesia, João Russell. A antiga glória do ciclismo não deixou de querer ser fotografado no museu do Centro Cívico, onde, de resto, esta família tem um lugar especial. Para conhecer melhor a figura de Peixoto Alves ficam aqui alguns registos jornalísticos da sua carreira:
" “Seco de carnes, meão de estatura, franzino, nervoso, dando a ilusória sensação de não ter sido talhado para as grandes e árduas jornadas dos desportos violentos, Peixoto Alves tornou a revelar, ontem, na demolidora caminhada para Chaves, a sua extraordinária fibra de atleta, não permitindo que qualquer adversário lhe arrebatasse do tronco miúdo, dentro do qual se abriga a lendária mística do clube que representa, a preciosa e simbólica camisola amarela.
(…) Parece impossível, mas segundo o veredicto dos cronómetros oficiais, idóneos aferidores do esforço dos ciclistas, é isso: - Ao cabo de 998 quilómetros da competição, não há mais de que um segundo a separar a camisola amarela, de Peixoto Alves, das ambições – tão legítimas! – de um homem do F. C. Porto que dá pelo nome da Mário Silva e já ganhou, com indiscutível categoria e muito brilho, uma Volta a Portugal: a de 1961.
(…) Pois, poucas vezes uma Volta a Portugal terá consagrado, como esta de 1965, a proeza individual de um ciclista. Não pode ser mais pessoal uma vitória que começou num contra-relógio (ganho pela diferença de um segundo!) e, até ver, acabou noutro contra-relógio onde o homem tirou as dúvidas a toda a gente. (…) Quem pode diminuir o eminente triunfo do popular corredor do Benfica?”
" “Seco de carnes, meão de estatura, franzino, nervoso, dando a ilusória sensação de não ter sido talhado para as grandes e árduas jornadas dos desportos violentos, Peixoto Alves tornou a revelar, ontem, na demolidora caminhada para Chaves, a sua extraordinária fibra de atleta, não permitindo que qualquer adversário lhe arrebatasse do tronco miúdo, dentro do qual se abriga a lendária mística do clube que representa, a preciosa e simbólica camisola amarela.
(…) Parece impossível, mas segundo o veredicto dos cronómetros oficiais, idóneos aferidores do esforço dos ciclistas, é isso: - Ao cabo de 998 quilómetros da competição, não há mais de que um segundo a separar a camisola amarela, de Peixoto Alves, das ambições – tão legítimas! – de um homem do F. C. Porto que dá pelo nome da Mário Silva e já ganhou, com indiscutível categoria e muito brilho, uma Volta a Portugal: a de 1961.
(…) Pois, poucas vezes uma Volta a Portugal terá consagrado, como esta de 1965, a proeza individual de um ciclista. Não pode ser mais pessoal uma vitória que começou num contra-relógio (ganho pela diferença de um segundo!) e, até ver, acabou noutro contra-relógio onde o homem tirou as dúvidas a toda a gente. (…) Quem pode diminuir o eminente triunfo do popular corredor do Benfica?”
N. R.: O texto e a deliciosa caracterização de Peixoto Alves são dos saudosos Carlos Miranda e Vítor Santos do jornal “A Bola” edições de 5 Agosto de 1965 e seguintes. Foi uma luta de gigantes entre Peixoto Alves, João Roque e Mário Silva, nos saudosos tempos em que Benfica, Sporting e Porto ainda andavam de bicicleta.
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